segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Novidades da III turma Apego e Perdas

Lançada nos últimos dias de 2012, a "III turma Apego e Perdas: Compreendendo o processo de Luto" está com as inscrições abertas a partir de agora. O curso ocorrerá entre os meses de abril e setembro de 2013, em Natal-RN.

O curso, para quem ainda não conhece, é fruto da necessidade de capacitar profissionais nas áreas de saúde e educação a respeito de perdas e processo de luto. É uma demanda crescente a dos profissionais que se deparam, em suas realidades, com situações de enfrentamento de processos de luto, sejam pessoais ou dos com quem lidam. A proposta do curso, que já capacitou quase 70 profissionais nas duas turmas anteriores, é gerar uma reflexão acerca de temas que envolvem a teoria do apego, perdas e luto, evidenciando contextos diferentes como morte, adoecimento e separações.

A III turma contará com mais um módulo que as turmas passadas não foram contempladas. Esse é o resultado de um melhor enquadre para atender às demandas dos profissionais em relação a abordagem de alguns novos temas e ampliação de outros, tais como a relação entre depressão e luto, alienação parental nos casos de divórcio, e lutos dos profissionais de saúde, dentre outros. É também a possibilidade de termos aulas de maior carga horária com os nossos convidados. Até agora, já estão confirmados nossos ilustres, já conhecidos, parceiros neste trabalho: a psico-oncologista Christine Campos; o médico nefrologista Rodrigo Furtado, diretor da Central de transplantes do RN; o enfermeiro e professor Dr. João Bosco; e estamos felizes pela nova parceria, o médico psiquiatra e professor Dr. João Paulo Maia de Oliveira, coordenador da residência em psiquiatria do HUOL.

Felizes em receber um novo grupo para vivermos um rico processo de troca e aprendizado.

Maiores informações e inscrições com Marianna Mendes: 9418-2852, ou www.apegoeperdas.com.br.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Fechando e abrindo ciclos


Esta semana dizia a um cliente: "não sou ligada a essas coisas, nem acredito em numerologia mas..." Já que vivemos numa sociedade organizada cronologicamente, a cada virada de ano, creio de fato que se fecha e se inicia um novo ciclo na vida da gente. É sempre bom pararmos para olhar atrás: os investimentos, os prejuízos e, principalmente, os ganhos que tivemos ao longo do ano inteiro. Na lida com esta matemática, algumas pessoas se surpreenderão, outras talvez, um tanto decepcionadas, projetem no novo ano a realização dos sonhos inatingíveis até o momento, mas uma grande parte, sem dúvida, termina acreditando que o tempo próximo virá melhor.

É nesta parte que desejo me encaixar. Acreditar que o futuro não mais distante pode sempre nos colocar diante do que pensamos inalcançável. Acreditar que as boas intenções geram atitudes eficientes, e que a roda da vida gira para tudo, dos dois lados: o bom e o mau.

Ah, que alívio isso me traz. E que tristeza isso me dá. Alívio por saber que as dores pesadas ficarão, com o tempo, um pouco menos dolorosas de serem carregadas. Tristeza  por saber que as carregaremos nos bolsos para sempre. Alívio por saber que tudo passa, por pior que pareça, e que o fluxo da vida segue arrebatando até as pedras mais imponentes. Tristeza por saber que as alegrias são efêmeras, e que só podem eternizar-se na memória, em nenhum outro lugar jamais.

E entre alívio e tristeza, dores e alegrias, vamos seguindo em frente, com fé. Vi também dias desses uma imagem com a seguinte frase: "Aponta pra fé e rema!". Achei o máximo. Porque acreditar sem remar não dá.

Quem, em sua sã consciência, consegue chegar aonde quer sem remar? No máximo, acaba indo parar onde nunca quis. Eu não quero ir aonde não desejo. Quem pode desejar isso? E para tornar possível a nossa vida minimamente "enquadrada" no nosso desejo, não tem mistério. É remar e remar. Com força nos braços, com ânimo para driblar o vento, com inteligência para saber poupar-se durante o mau tempo.

Neste ciclo que se encerra, nós do Núcleo Apego e Perdas, desejamos que a vida de cada um se renove que o espírito natalino encha de luz a sua família, e que o novo ano se apresente com força, fé e amor no coração de cada um. 

Feliz Natal!

Por Kátia Cristiane Bezerra

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Há lugar para o sofrimento?


Todos os dias nos deparamos com notícias sobre mortes e tragédias familiares e sociais.
Por um lado a morte se apresenta escancarada nos meios de comunicação por outro é assunto evitado e escondido. O que dizer dos sentimentos que acabam sendo camuflados e considerados inadequados diante do intenso sofrimento da dor da perda?
Calar serve para não incomodar, afinal, "a vida precisa continuar", mas com isso vamos padecendo na solidão do sentir e nos perdendo da nossa humanidade.
A necessidade de ter que fazer algo, "acabar" com o sofrimento nos impede de aprender a suportar o que é natural e saudável. Não há vida apenas de alegrias e sorrisos, as lagrimas e tristezas também fazem parte e precisam de espaço.
A cultura e educação do nosso país, da nossa região, da nossa cidade nos aprisiona a conceitos sobre como, quando, quanto sofrer e, em sua maioria, quem foge passa a ser marginalizado.
Contradições se fazem presentes: "sofre muito" é fraqueza; "sofrer pouco" é falta de amor. Parece que nunca estamos adequados em relação a sentimentos considerados inadequados, como a tristeza, o medo e a angustia.
É hora de pensarmos em que nos transformamos: uma sociedade repleta de desrespeito pelo que é tão humano: o sentimento.
Curamos doenças, não doentes; somos números, letras, siglas, menos pessoas, com suas historias e sentimentos.
Se pararmos para pensar nós não morremos, vamos a óbito, falecemos, temos êxito letal. Quantos nomes para nos defender daquilo que tanto tememos: a morte.
Todos precisam ser poupados, calados e isolados!
Na verdade, todos precisamos falar, compartilhar, acolher, apoiar, cuidar.

Millena Câmara

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Fechando uns ciclos, abrindo outros, seguindo caminhos

Tempão que a gente não aparece por aqui.... Muito trabalho e correria para dar conta de tantas demandas que chegam ao nosso Núcleo. Muito felizes com os frutos do nosso trabalho e por compartilhar boas notícias com vocês.

Concluímos a II Turma do Curso Apego Perdas: Compreendendo o processo de Luto. Foi uma experiência muito rica de troca e aprendizado. Uma turma participativa, questionadora, que nos presenteou também, juntamente com nossos ilustres convidados, com momentos de grande emoção nesse caminho de crescimento e experiência. Nosso muito obrigado ao grupo que esteve conosco, sendo capacitado sobre a psicologia do Luto e seus desdobramentos. Em especial, agradecemos aos nossos parceiros que abrilhantaram os módulos: os médicos Rodrigo Furtado e Daniele Soler, a psico-oncologista Christine Campos e o enfermeiro Dr. João Bosco. Todos deram um show à parte de conhecimento e sensibilidade em suas notáveis apresentações.

Outra turma que encerrou (temporariamente) suas atividades foi o Grupo de Estudos sobre Perdas e Processo de Luto, coordenado por Millena Câmara. Após seis encontros de intensa discussão teórica e partilha de vivências, fechou o primeiro momento de seu trabalho que, aliás, deixou promessas para a "Parte II"  dos estudos, desta vez, ainda mais aprofundados, em 2013 quem sabe!

Segue ainda a Turma de Ludoterapia coordenada por Kátia Cristiane Bezerra que concluirá seus dez módulos em novembro próximo. É também uma turma muito dedicada de psicólogos que está elevando o nível das aulas e trabalhos vivenciados por lá.

Resta então, convidar todos para acessarem www.apegoeperdas.com.br e conhecer a nossa agenda 2012/2013. Por hora, já estão abertas as inscrições para o Grupo de Estudos. Millena Câmara repetirá a dose de muita teoria recheada com uma vivência ímpar, característica do seu trabalho, que iniciará  logo mais, em outubro.

Até lá!

domingo, 27 de maio de 2012

Turma II - passamos da metade

Este fim de semana chegamos ao III módulo do Curso Apego e Perdas: compreendendo o processo de Luto. Depois das reconhecidas teorias de constituição psíquica, teoria do apego de Bowlby, Morte, Luto e Separação conjugal, neste último módulo pudemos conversar sobre intervenções em Luto em diferentes contextos (escola, emergência e desastre, home care, Justiça e cemitério).
As aulas têm contado com um grande grupo de profissionais, envolvido e ativamente participativo que eleva o nível das discussões e enriquece o nosso processo de aprendizado.
Seguiremos agora para o desfecho com os dois últimos módulos (junho e julho), em que receberemos nossos convidados e parceiros ilustres: os médicos Rodrigo Furtado e Daniele Soler, a psicóloga Christine Campos e o Prof. Dr. Jõao Bosco que nos encantará com suas aulas.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Feliz "Mudança"!

Esses dias ouvi de um amigo um desejo de Feliz "Mudança"(Páscoa). Achei interessante como algo simples pode ter efeito complexo sobre a consciência de alguém, no caso, a minha.

Nesses tempos de mundo egoísta, narcisista, imediatista e, com todos os demais "istas" que possamos imaginar, cada um é por si, todos por ninguém e Deus pra uns privilegiados de fé. Estive pensando muito aquém do futuro da humanidade. Pensei no dia de amanhã.

"O que será amanhã, responda quem puder" ... Como sugere a música, cada um só pode dizer de sua vida, apenas muitos não sabem disso. O amanhã é nada menos do que o movimento que se inicia hoje. Onde estarão seus amores, seus amigos, como estará seu trabalho, sua saúde.... Amanhã já começou e a gente nem viu. Mas, tudo bem, vá deixando pra amanhã aquela conversa, o telefonema, o médico, a reunião de família, o curso, o fim de semana na praia, a viagem dos sonhos. Vá deixando, deixando... E, de fato, esses desejos e planos serão deixados de lado, claro.

A reflexão do tempo de "Mudança" (Páscoa), como disse meu amigo, ecoou aos meu ouvidos como  bela música. Suscitou em mim o desejo de transformar o ruim em bom, o atraso em progresso, o difícil em solúvel e, incrivelmente, me fez lembrar de Deus, do poder da criação e recriação, dos milagres da existência humana e de tantos outros que Ele faz em nossas vidas, todos os dias, usando os mais interessantes instrumentos.

Com o meu profundo respeito à fé e ao credo de cada um, meu desejo nessa "mudança" é que todos, em posse de seus destinos, reconectem-se aos seus movimentos internos em busca de um amanhã feliz. E que façam hoje tudo o que desejarem porque o tempo, esse não podemos postergar.

Kátia Cristiane Bezerra

domingo, 26 de fevereiro de 2012

As redes socias como rede de apoio em situações de perda


Vivemos numa sociedade em que a comunicação acontece de forma muito rápida, o que é exacerbado pelas redes sociais, seja o twiter, facebook, blog, ou outros meios que as pessoas estão buscando para se comunicar ou se expressar.
 
Nas páginas pessoais ou através de mensagens curtas as pessoas transmitem recados de como estão, o que estão sentindo ou vivenciando… isso também acontece no caso de um perda, as quais podem ser decorrentes de uma morte ou de outros rompimentos como perdas normativas (infância, adolescência, e velhice), adoecimento, separação, mudanças, alteração da imagem corporal, mutilações, etc.
 
As redes sociais são utilizadas por quem sofre a perda, como forma de expressar seus sentimentos e, de certa forma, buscar apoio sem que seja preciso “encarar” diretamente a sociedade; como também pelos que sentem a necessidade de prestar sua solidariedade e apoio. Escrever pode, em alguns momentos, proteger do contato  com a dor do outro, que tanto nos mobiliza e nos remete a nossas próprias dores.
 
Observa-se que as pessoas que estão enlutadas ressaltam o vínculo estabelecido com quem morreu, as características daquela pessoa, e assim buscam um suporte, um apoio através de mensagens deixadas para quem morreu ou para os amigos e parentes enlutados. 
 
Algumas vezes, a pessoa que morreu é mantida na “rede”, com fotos, mensagens ou recados, seja como forma de negação de tão dura realidade na busca de preservar e se apegar a algo concreto “deixado” por quem morreu, por vezes, é poder encontrar a pessoa amada com aspectos que retratem a vida;  seja como forma de buscar “conforto” e assim não se sentir tão sozinho na dor.
 
Nossa sociedade tem dificuldade de lidar com o sofrimento e com o tempo que as pessoas enlutadas precisam para vivenciar sua dor, é como se tivéssemos que chorar por poucos dias e retomar a vida sem expressões que possam incomodar ao funcionamento social.  A morte precisa ser afastada e silenciada para não incomodar os que ainda estão vivos. “O entrelaçamento das redes de troca que unem os vivos aos mortos é hipercomunicação a silenciar o silêncio” (RODRIGUES, 2006, p. 77), ou seja, a tentativa de silenciar a dor, a incerteza, o sofrimento, ou o próprio luto. O que observamos é que esse processo de luto, dor e sofrimento passam a ser compartilhados, em alguns casos, nas redes sociais.
 
    Essas redes, como forma de apoio, podem ser importantes em momentos como esses, mas precisam ser cuidosamente utilizadas para não contribuir para a cronificação da dor.

Marianna Mendes

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Para os interessados por psicoterapia infantil

O Núcleo de Apoio Apego e Perdas também está promovendo a II turma da Capacitação em Ludoterapia com base na psicoterapia somática.
Em 2011, houve a I turma, ministrada pela psicóloga Kátia Cristiane Bezerra, que formou um grupo de trabalho muito produtivo. Para este ano, a primeira turma se formou desde novembro passado mas, devido à procura, o Núcleo decidiu abrir mais algumas vagas.
O curso tem apenas 10 módulos e é introdutório para os fundamentos da psicoterapia somática, ideal para quem quer conhecer um pouco da abordagem sem necessidade de aderir à prática. O curso conta ainda com fundamentos da teoria winnicottiana que fundamenta a teoria do desenvolvimento psicológico infantil.
Ainda há algumas vagas. Informações: kmcursos@hotmail.com.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Mais novidades

Estamos mais uma vez felizes com as novidades do curso.
A divulgação foi iniciada hoje e nos próximos dias esperamos ver nossos cartazes nas principais clínicas, hospitais, escolas e faculdades de Natal-RN.
Aumenta o número de interessados a cada dia e estamos com uma ótima expectativa de formar um rico grupo de trabalho.
Hoje confirmamos a participação da nossa amiga Christine Campos, psicóloga, especialista em Psico-oncologia, que abordará o tema Luto dos profissionais de saúde baseado nas considerações de sua defesa de mestrado que, por sinal, foi um trabalho ímpar.

E aí, vejam as nossas carinhas alegres de comemoração. Só coisa boa!

Por Kátia Cristiane Bezerra

domingo, 15 de janeiro de 2012

Boas Notícias

Muito boas notícias! Essa semana tivemos a confirmação do médico Rodrigo de Vilar e Furtado como professor convidado na II turma Apego e Perdas. Ficamos imensamente felizes com mais uma valiosa parceria.
Além de Dr. Rodrigo, nefrologista, seguem confirmados Dra. Daniele Soler, médica paliativista e Dr. João Bosco, enfermeiro, nossos parceiros da turma anterior.

Nosso grupo esteve reunido para tratar das inscrições do curso que estão em andamento.
Quem se interessar, contatar Luciana (84) - 8885-7877 /9921-6407 /contato@apegoeperdas.com.br

Ah, mais uma novidade: O núcleo agora tem página no facebook: Apego e Perdas. Aproveitem e curtam. Haverá novidades por aí!

Por Kátia Cristiane Bezerra