domingo, 27 de novembro de 2011

"Marque um compromisso na agenda do seu filho!" - Kátia Cristiane Bezerra

Tenho pensado muito a respeito da infância nesses tempos de modernidade. São tantas exigências, expectativas, compromissos e responsabilidades, que me faz lembrar da infância do século passado, em que as crianças eram "mini-adultos" e eram objetos de nenhuma atenção especial além de cuidar de sua saúde, bons modos, e ajudar os adultos em suas tarefas.

Hoje a realidade é outra, criança é superprotegida, é atendida em suas prioridades (infelizmente também nas futilidades), vai à escola muito cedo, é um nicho do mercado publicitário (pasmem, ainda não trabalham e já detêm um dos maiores poderes de compra!). Contudo, sofrem igualmente um dos piores males do nosso século: o excesso que encobre a falta.

Explico: enquanto nós, pais, trabalhamos e trabalhamos a fim de "viver bem", ter melhor qualidade de vida, ofertar boa educação aos nossos filhos, eles estão sofrendo significativas faltas. Falta nossa presença, nosso olhar cotidiano, falta tempo para fazer a tarefa, para levar à escola, para brincar no fim do dia, para colocar pra dormir... E sobra o quê? Nada diferente do que é a nossa própria vida de adultos, sobra trabalho e falta prazer.

Dia desses no consultório, uma  paciente de 08 anos me disse, animada:
- "Acredita que minha mãe me tirou do ....( determinada atividade)?! 
Eu lhe disse:
- "Ah , então sua mãe resolveu atender o seu pedido?
E ela seguiu:
" Que nada! Foi simplesmente porque não cabe na minha agenda... Tenho certeza de que se tivesse uma horinha sobrando ela não deixaria passar! "

Esse é um diálogo cada vez mais comum entre as crianças e os adolescentes hoje. Reclamar da agenda apertada e dizer que não sobra tempo para quase nada que não envolva os compromissos pré-profissionais: escola, balé, sapateado, inglês, natação, aula de reforço, kumon, aula de música, futebol...

Há quem diga que não é de todo ruim pois, baseado no discurso dos pais, quando crescerem verão o que é ter compromissos de verdade, referindo-se ao trabalho. É claro que há crianças muito ativas, que revelam várias habilidades, e que uma rotina preenchida não prejudica seu rendimento escolar, seu sono, ou até mesmo o seu lazer e descanso. Mas sabemos que não é a realidade de todos. A maioria dos pais está cheia de boas intenções ao lotar a agenda do filho, afinal, alguns querem dar-lhes as  oportunidades de que não dispuseram em sua própria infância. Há também os que preferem a rotina preenchida ao ócio em casa nas mãos de funcionários, ou diante da TV e do video game, e ninguém os condenará por isso. A questão é que cada criança possui seus próprios limites, sendo necessário, pois, estar atento a eles. Em alguns casos, a agenda lotada leva a uma fadiga e a sintomas indesejáveis, principalmente na esfera emocional, caso isso esteja acompanhado da ausência dos pais. De nada adianta novas descobertas e a aquisição de fantásticas habilidades, se os pais não estão ali para compartilhar.

Importante saber que a própria criança dará os sinais de que está bem e realizada naquilo que faz. Diante de sinais de alerta, ou qualquer dificuldade que possa comprometer o bom desenvolvimento físico e emocional do seu filho, reveja sua rotina. Conversar na escola, com os profissionais que o acompanham e, principalmente com a própria criança, são sempre os melhores caminhos. E não esqueçam: tempo é oportunidade. Marquem na agenda de vocês e dos seus filhos um encontro diário com a diversão, o carinho e o prazer.

Katia Cristiane Bezerra
Psicóloga clínica, Mestre em Psicologia na área de Família.
katia@apegoeperdas.com.br
*artigo encomendado pela Revista Viver Bem (publicado na edição set-out/2011, Natal-RN), na íntegra.

domingo, 20 de novembro de 2011

Os efeitos terapêuticos das estórias infantis - Luciana Figueiredo

O momento de contar histórias é, acima de tudo, uma fonte de prazer e contribui de forma ímpar para o desenvolvimento social, cognitivo e emocional da criança. O simples ato de narrar um conto de fadas permite a criança vivenciar uma aprendizagem significativa, trabalhando-se o lúdico e o imaginário infantil. 

De acordo com Bettelheim (2006), o conto de fadas é psicologicamente mais convincente do que a narrativa realista, porque coloca a criança frente a uma situação-problema cuja solução ela encontrará a partir da sua capacidade de imaginar.  Ao narrar uma estorinha, podemos colocar a emoção na entonação da voz e possibilitar que a criança passeie e interaja com os personagens, falando sobre o que ela acredita que irá acontecer. Desta forma, o conto de fadas terá um efeito terapêutico na medida em que a criança encontra uma solução para sua situação-problema, ou seja, seus medos e angústias. É como se a criança, ao sentir-se atraída pela narrativa, não se deixasse abater pelos seus problemas reais e experimentasse lutar contra as dificuldades da vida. É através dos efeitos heroicos e das palavras mágicas que a criança, de modo inconsciente, acredita que também poderá encontrar força para enfrentar suas dificuldades na vida. Segundo Bettelheim (2006), o conto de fadas diz à criança de que maneira ela pode viver com seus conflitos sugerindo-lhe fantasias das quais jamais ela seria capaz de inventar por conta própria. Fantasias essas que Radino (2003) define como nosso combustível interno. De acordo com suas afirmações, desde o nascimento, para que seja possível sobrevivermos psiquicamente, passamos a criar fantasias necessárias para dominar nossas angústias e realizar nossos desejos. De outra forma, seríamos esmagados por nossas angústias. O autor acrescenta que os contos de fadas dão forma aos seus desejos e emprestam-se como cenário de seus sonhos, aguçando a imaginação e favorecendo o processo de simbolização da criança. 

Para Bettelheim (2006), o conto de fadas é fundamental para a formação da criança, porque permite à criança experienciar a fantasia, a magia, o símbolo e o seu significado como um canal de acesso ao seu inconsciente, dando asas à imaginação, e possibilitando-lhe distinguir o real e o irreal, consentindo estabilizar afetos conflitantes, configurando claramente o justo e o injusto, o bom e o mal. Isso tudo só é possível porque estas narrativas possibilitam de modo inconsciente, através do “faz de conta”, acessar processos internos que ocorrem na parte mais íntima de um ser, na essência do seu sentir e do pensar. E as crianças por serem extremamente sensíveis entendem perfeitamente a linguagem dos símbolos presentes nos contos, pois as inventam no seu dia-a-dia no jogo do “era uma vez” e, seguem com a garantia transmitida pelos contos que assim como a princesa sofreu por toda a estória e teve um final feliz, ela também conseguirá ter um final feliz ao encontrar uma solução para lidar com suas angústias. 

E não é por acaso que em meio a tantos contos, a criança se identifica com um, e pede para a mamãe repetir incansavelmente a mesma estória ou parte dela.      

BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. 21. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
RADINO, Glória. Contos de fadas e realidade psíquica: a importância da fantasia no desenvolvimento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

domingo, 13 de novembro de 2011

Eu por mim mesma - Kátia

       Bom, chegou a minha vez de contar como foi que eu vim para aqui.
    Na verdade, sou daquelas pessoas que acredita em destino, em encontros e, sobretudo, nos desígnios de Deus. Apesar da minha amizade dos últimos 17 anos com Millena Câmara, minha parceira desde os primeiros dias da faculdade, era daquelas que jurava nunca trabalhar com Luto. Essa negativa durou uns bons anos, até descobrir que Luto não tratava apenas das perdas para a morte.
    Quando sonhei ser psicóloga, pensava em cuidar de crianças. Meus anos como catequista me confirmavam esse desejo. Felizmente, ainda na minha formação, aprendi que para ser boa terapeuta, precisava atender todas as idades. E fui me encantando com meus clientes adultos desde o estágio. Mas, motivos maiores, uma decisão acertada e um pouco de sorte me levaram a fincar meus dois pés no social. Depois do rico estágio em psicologia escolar, trabalhei por 06 anos numa escola de referência em educação infantil, experienciando o que via nos livros e nas histórias dos meus clientes do consultório. Nessa época, influências profissionais e teóricas importantes recheavam meu currículo, além de oportunidades de descobrir fronteiras, como também foi o meu trabalho por quase 06 anos com grupos de pais e adolescentes na área de intercâmbio cultural. Como dádiva de Deus, fui nomeada no concurso do TJ e, atuando como psicóloga, estive mais de quatro anos na Vara de Infância e os últimos 06 anos nas Varas de Família. 
   Em todo esse tempo fui investindo no que poderia me acrescentar, pessoal e profissionalmente. Depois do Mestrado, fiz inúmeros cursos na minha área clínica: 05 anos de Formação Internacional em Biossíntese, Psicoterapia corporal para crianças e adolescentes com Brasilda Rocha, recentemente a formação, também internacional, em Constelações Familiares e, atualmente estudo um pouco de Psicanálise.
     Mas, voltando ao começo, como foi que eu vim parar aqui mesmo? Na verdade, isso tudo ia acontecendo e eu nunca desgrudei da minha amiga Millena. Construímos sonhos juntas, nos tornamos sócias, nosso consultório mas, até então, tínhamos vida paralelas. De tanto falarmos sobre separação conjugal, descobri que já trabalhava com luto todos os dias, o da família. E um dia recebi um delicioso convite: "Vamos fazer um curso?" E de lá para cá não paramos mais. Foram 03 cursos de luto Infantil, a primeira turma do Apego e Perdas e, agora, saindo do forno, o nosso Núcleo de Apoio Apego e Perdas, em parceria com Luciana e Marianna. 
   Nesses últimos 03 anos tenho aprendido muito com as meninas. Aprendido sobre vida, sobre morte, sobre apego e desapego, enfim, aprendido como dar mais valor a minha própria vida e às pessoas que amo, diariamente. Trabalhar com luto está me educando para a morte. Não só aquela finita, mas as muitas que temos ao longo da nossa existência. Não tem sido fácil. Continuo com medo de morrer, da morte dos meus, mas hoje estou muito feliz de poder trabalhar com esse tipo de cuidado. Um cuidado tão especial. De estar junto e ajudar o outro nos momentos mais dolorosos.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Quem sou eu? Por Marianna Mendes

 "Cada um de nós compõe a sua história
 Cada ser em si
 Carrega o dom de ser capaz
 E ser feliz
 Conhecer as manhas
 E as manhãs
 O sabor das massas
 E das maçãs
 É preciso amor
 Pra poder pulsar
 É preciso paz pra poder sorrir
 É preciso a chuva para florir".

(Almir Sater)


    Bom...pensei que esse trecho da música, "tocando em frente" fala muito de mim... Sou apaixonada pela minha profissão, pela minha família ( que está crescendo...), pelos meu amigos e pelo núcleo que estamos construindo. Não tenho como falar da psicologia do luto sem falar da minha vida. Como diz a música, "cada um de nós compõe a sua história" e na minha existem, desde de muito pequena, perdas para morte. Mas acredito que é preciso a chuva para poder florir e, assim, me sinto hoje mais forte e com muita vontade de ser feliz...

    Diante das perdas, vivi o meu luto, mas só pude compreender, conhecer ou cuidar dele quando conheci Millena. Nosso encontro foi num curso, ela com seu jeito cuidadoso e carinhoso ensinava sobre morte, perda, luto... Eu fiquei fascinada e comecei  a estudar também. Ela foi, e ainda é, uma fada madrinha, guiou meus passos no final da faculdade, escutou meus choros quando viajava para a pós em psicologia do luto, no 4 Estações - SP, enfim, uma grande amiga. Ela também me apresentou Luciana e Kátia, com quem venho aprendendo cada dia mais a ser um ser humano melhor.
    Hoje, estamos formando o nosso núcleo, cada uma com seu jeito, com seu carinho e amor pela profissão. Eu trabalho no consultório e também fazendo atendimento domiciliares. Tenho uma enorme gratidão a todos os meus clientes ou pacientes, aprendi, aprendo e quero continuar aprendendo com eles. Vivenciamos juntos momentos emocionantes de troca, de emoções, sentimentos, despedidas... E ao sair de cada atendimento, penso novamente na música e acredito que "cada ser em si carrega o dom de ser capaz, e ser feliz...", mesmo quando estamos diante do turbilhão de emoções, sensações e medos que o luto nos coloca.                
   Finalizo 2011 com muitas realizações... O sucesso da primeira turma do Curso Apego e Perdas, a criação do Núcleo de Apoio Apego e Perdas, inscrições para a segunda turma no próximo ano, conclusão do curso de Psicoterapia Infantil, finalizando a Pós em Humanista Existencial....e realizando o sonho de ser mãe de uma menininha, Liz!!!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Luciana Figueiredo por ela mesma

    Sou uma profissional completamente apaixonada e realizada!
    A Psicologia foi sempre um grande amor em minha vida. Mas, como na vida tudo tem seu tempo e sua hora, a formação precisou esperar um pouco. E como a vida é feita de escolhas, escolhi seguir por etapas. 
    A primeira foi construir minha família. Em 1996, experienciei a dadiva de ser mãe e me dedicar à minha filha. E em 1998, dei início a segunda etapa, achei que devia voltar a estudar. Acreditava que ainda não era o momento de iniciar a faculdade de Psicologia então, resolvi fazer Letras. Em 2000 fui mãe de um lindo rapaz e em 2002 tive a graça de receber em minha vida mais uma princesinha, e assim completei o meu trio, razão da minha existência! A maternidade foi a melhor experiência que tive ao logo desta caminhada. Acordar com um "bom dia, mãezinha" é muito bom!!!! A cada novo amanhecer esse bom dia me nutria de tal maneira que, sem perceber fui dando conta dos filhos, faculdade e ensaiando no mercado de trabalho.
     Prestei concurso para professor temporário e lecionei por um ano em uma escola estadual de São Gonçalo do Amarante. Em paralelo, fazia especialização em Psicopedagogia na Universidade Potiguar. Em 2005, concluindo o último módulo da especialização e estagiando na clínica, descobri que era chegado o meu momento. Comecei na mesma Universidade o curso de Psicologia. Participei de todos os cursos e congressos e, em um desses cursos da semana de psicologia da UFRN, conheci Millena Câmara. Me encantei com a forma como ela tratava o tema "Morte" que, para mim, parecia um novo  olhar! A sensação de ser possível encontrar sentido na vida, após vivenciar a experiência com uma perda de algo ou alguém que amamos. Perceber que é preciso passar pelo processo de luto e voltar a viver do jeito que for possível é apaixonante! Passei a segui-la de longe e, em um dado momento, a procurei para fazer terapia com ela. Costumo de dizer que minha vida se divide em dois momentos. Um antes de ter conhecido Millena e o outro, após esse encontro! Incrível. A emoção toma conta de mim sempre que lembro desta terapeuta que hoje considero um anjo enviado por Deus a Terra para cumprir uma missão muito especial, cuidar do outro.
     Em 2008, iniciei no grupo de estudo e supervisão de Millena, e foi então que conheci Marianna Mendes, uma pessoa maravilhosa que tenho enorme carinho, respeito e admiração. Passado algum tempo estudando sobre Luto, Millena me convidou a atender na Clínica Social com a supervisão dela. Em 2008, comecei a atender o primeiro caso de criança com uma demanda de separação conjugal. E em 2009, recebi o primeiro caso de Luto por morte. 
     Em Janeiro de 2010, realizei o meu grande sonho, ser psicóloga! Comecei minha atuação profissional no consultório e segui atuando em Ceará-Mirim no CRAS. Prestei concurso para psicólogo temporário do CREAS da Prefeitura do Natal, onde trabalhei por 01 ano e me submeti a um processo seletivo na empresa Nutrivida onde atuo como psicóloga clínica. 
     Em 2011, nasce o "Núcleo Apego e Perdas" idealizado por Millena Câmara e compartilhado comigo, Marianna Mendes e Kátia Cristiane. E a conclusão do curso de especialização em atendimento de criança e adolescente com Brasilda Rocha. 

sábado, 5 de novembro de 2011

Turma I - Realização e Saudades

Esse ano foi de muita realização e enriquecimento. Queremos deixar registrada aqui a nossa gratidão por uma caminhada tão rica de aprendizado, troca, emoções e desafios. Foram 05 módulos em que contamos com um entusiasmo de um grupo instigante, ávido por aprender, visivelmente maduro e cooperativo. Temos orgulho de capacitar profissionais dedicados como aqueles e, é claro, de aprender também.

Hoje, em Natal, já podemos falar de pessoas que significativamente aprenderam um pouco sobre o que é atender uma demanda tão delicada como a do luto. Ficamos orgulhosas de ver os psicólogos atuando tão bem no módulo de Intervenção. Foi realmente a coroação do nosso processo de aprendizado.

Um agradecimento especial aos nossos professores parceiros que tão bem abrilhantaram nossas aulas: a médica referência em Cuidados Paliativos no nosso Estado (e também em humanidade!), Dra. Daniele Soler, o encantador enfermeiro "humanizadíssimo" Dr. João Bosco, a respeitável Dra.Geórgia Sibele que já foi nossa mestre na UFRN, e nossas colegas parceiras Arieli Freitas (Porto Alegre-RS) e Rita Maia (TJRN). A todos nosso muito obrigado!

Depois que finalizamos o curso, no mês de setembro/11, muitas novidades já apareceram. Finalmente estamos concretizando o NÚCLEO DE APOIO APEGO E PERDAS, composto por mim (Kátia Cristiane Bezerra), Millena Câmara, Marianna Mendes e Luciana Figueiredo, nosso quarteto fantástico que idealiza realizar sonhos em comum. É um espaço de troca e capacitação profissional, de disseminação do tema do Luto e afins e, sobretudo, de cuidado ao enlutado, que é a nossa missão maior. Seja pela morte, pela separação conjugal, pelas perdas normativas, em situações emergenciais e de desastre, ou no seu contexto de trabalho, lidar com a perda nunca é fácil.

Outra novidade é a II Turma do curso, prevista para março de 2012. Já temos muitas pessoas interessadas e isso só se tornou possível por causa da primeira turma.

Para 2012 teremos mais novidades! Será formado o primeiro GRUPO DE ESTUDOS SOBRE PERDAS E PROCESSO DE LUTO, coordenado pela própria Millena Câmara. Será um espaço de estudo, mensal, onde serão discutidos as mais recentes e referendadas teorias sobre o tema. Para quem quer conhecer ou continuar estudando nessa área, é imperdível. Em breve divulgaremos o grupo. Aguardem!

Por Kátia Cristiane V. de Araújo Bezerra